sábado, 18 de abril de 2009

ELEIÇÕES E PARTICIPAÇÃO CÍVICA DOS CIDADÃOS: SIM OU NÃO?

ELEIÇÕES E PARTICIPAÇÃO CÍVICA DOS CIDADÃOS: SIM OU NÃO?

Um destes dias tive um sonho. Vivia num País onde os cidadãos participavam activamente nas decisões que eram tomadas pelos eleitos/gestores/responsáveis e, curiosamente, estes deixavam que assim fosse…!!! Então acordei. Era bom, não era?
Tal como acontecia na América (digo acontecia, porque hoje já não será tanto assim e nas últimas Presidenciais não aconteceu assim), também no nosso país e, à nossa dimensão, no nosso Concelho, há um claro divórcio entre os cidadãos e os políticos.
David Plouffe, director da campanha eleitoral de Barack Obama, esteve em Portugal onde explicou a metodologia utilizada para conseguir os resultados que foram conseguidos, não só os resultados eleitorais, mas acima de tudo os resultados políticos e sociais. No fundo conseguiram voltar a criar uma “corrente de credibilidade” entre políticos e cidadãos.
Segundo essa metodologia, Obama criou uma “rede de voluntários”, ou seja, um movimento cívico que terá envolvido cerca de 6 milhões de pessoas, que passavam a palavra do candidato a familiares e vizinhos, constituindo assim uma campanha de proximidade. Com esta filosofia, estes voluntários sentiam-se realmente úteis e dispensavam várias horas semanais para se dedicarem à “causa Obama”.
Este terá recusado contribuições financeiras para a sua campanha provenientes dos lobies fortíssimos que existem neste País, mas aceitou as contribuições destes milhões de voluntários, incluindo milhares e milhares de estudantes, que colaboraram com pequenas quantias e muitas horas de trabalho.
Também é verdade que o perfil do candidato proporcionou que as pessoas acreditassem nele. O seu discurso era sincero, leal e honesto, era acima de tudo, eloquente. Não era um discurso demagógico e meramente idealista. Enfim, julgo que Barack Obama disse exactamente aquilo que as pessoas ansiavam e precisavam de ouvir. Precisavam de confiar em alguém e encontraram-no.
O estratega da campanha do Presidente Americano agora eleito, na conferência que participou em Lisboa, defendeu claramente que todos os políticos e todos os Países, onde incluía naturalmente Portugal, deviam tentar prosseguir este caminho.

POR CÁ…

Lamentavelmente não estive presente nesta conferência. Mas “pagaria bem pago” para poder lá ter estado e ouvir esta lição. Porque esta é uma lição que me entusiasma, que eu e a equipa do NÚCLEO PAREDES CIDADE tentamos praticar, quer no nosso espaço de influência política directa, quer ao nível do Concelho.
Tal como outros, também os Paredenses estão cansados da política e dos políticos tradicionais, baseados em princípios de “servilismo cego” e em discursos demagógicos, onde as pessoas (leia-se cidadãos comuns) são meros peões neste xadrez complexo e só se tornam importantes quando analisados de uma forma estatística. Assim, não!
................................................................................................................
................................................................................................................
Bem hajam e até breve,
................................................................................................................
O Presidente da CPN Paredes Cidade do PSD
José Henriques Soares
.............................................................................................................................................................
Sexta-feira, 17 de Abril de 2009
In Olhar (Im)parcial / O Verdadeiro Olhar

Sem comentários: